segunda-feira, 24 de março de 2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

SE...

Nesta Sesimbra de contrastes, admirável, onde o limite entre o que se pode inovar e o que não se pode reformar é muitas vezes não entendível. Esta Sesimbra entre o marasmo de outrora e a dinâmica actual, de praia, sol e luz é muitas vezes obscurecida por gestos, palavras e actos de sumidades que atingem a menoridade. Esta Sesimbra gastronómica de obra indigesta, de desabrigo que põe efeito na prevalência do eu em relação ao nós. Que é de agora e do originário onde o depois, condicionado por aquele, nunca a ele pode volver. Que era de veredas, azinhagas e caminhos, de casas, povoados e aldeias, de pescadores, agricultores, pastores e comerciantes, de usos, costumes e cultura próprios, que é de estradas, ruas e avenidas, de aldeias e vilas, de gente natural e visitante, onde alguns teimam em ver o antes, não querem contemplar o presente e muito menos pressagiar o futuro. Sesimbra periférica com estradas que trazem e levam, pessoas em carros e motos por sinusóides e rectas lineares obscurecidas por mortes no efeito da ânsia, do extasie e do stress, que tiram o brilho da luz da vida. Onde uma força policial se lhe arroga o direito de reservar para si o passeio, que deveria ser de peões – calculem!? – Para estacionamento de viaturas dos seus agentes. É neste labirinto de calendas que a Assembleia Municipal aprovou o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, que vinha aprovado por unanimidade da Câmara Municipal. Mas, eis que, chegado aqui, ainda a discussão não tinha começado e já uma bancada mete os papéis debaixo do braço e tira-vira que eles ai vão. - ÓH! Mas que é aquilo? Eu que não costumo ir assistir às Assembleias Municipais de Sesimbra (porque vou às de Monforte) fiquei pasmado. Então aquela bancada, só porque não lhe aprovam um requerimento vai embora?! E a discussão? As propostas? As posições politicas face à discordância – se é que existe. Será que tiveram tempo para assinar a senha de presença? Que bancada é? - Do Partido Socialista, o mesmo que tinha aprovado o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, nesta mesma Assembleia – mas isso foi antes, quando detinha a Presidência da Câmara. ÁH! Verdade, verdadinha anteriormente era grande, grande, até incorporava o famigerado Projecto ou Plano do Meco. Já percebi este é pequeno demais para os eleitos pela população na Assembleia Municipal o aprovarem. Este Planezito só traz uns postozinhos de trabalho, umas estraditas, só vai preservar a mata e obrigar a terminar com a exploração de inertes. Já compreendi, os eleitos do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Sesimbra não querem empregos para a população, não querem preservar a mata e querem que continue a exploração dos inertes, que os pinheiros continuem a morrer, quais estradas? Não fazem falta. Bem fizeram as bancadas que conscientemente continuaram a discussão sobre o Plano e o aprovaram. A CDU, em intervenções extraordinárias, explanou claramente a sua posição coerente, agora como antes – quando não detinha a Presidência da Câmara Municipal – mais uma vez deu uma lição de bom senso, coerência e determinação. O Presidente da Câmara Municipal e o Presidente da Junta de Freguesia do Castelo – Augusto Pólvora e Francisco de Jesus – disseram claramente o que representa este Plano para o desenvolvimento do Concelho e para a Freguesia do Castelo. Mais uma vez os Comunistas integrados na CDU disseram o que defendem para o Concelho e porque lutam pelo bem-estar das populações, pelo trabalho com direitos e porque defendem e preservam a floresta e o ambiente. É nesta Sesimbra, que tem uma comunicação social local como importante pilar de assumpção de cidadania e de valores, que os Comunistas continuarão a dar a conhecer o que defendem para nós Sesimbrenses.
Artigo de Opinião de Florindo Paleotes Membro do Executivo da Concelhia de Sesimbra do PCP
in Jornal Nova Morada

terça-feira, 18 de março de 2008

Nota da Comissão Concelhia de Sesimbra do PCP

A comissão concelhia de Sesimbra do PCP reuniu no passado dia 7 de Março para analisar e discutir a situação social e política e definir as tarefas a desenvolver, nomeadamente, a preparação do 18.º Congresso do PCP a realizar no final do ano. A comissão concelhia saudou a participação de uma centena de militantes comunistas do concelho na Marcha Liberdade e Democracia do passado dia 1 de Março e reafirmou a importância desta iniciativa na demonstração do papel insubstituível do PCP na sociedade portuguesa e, ao mesmo tempo, na exigência da revogação das leis: dos partidos políticos e do financiamento dos partidos. Saudou igualmente os militantes comunistas do concelho, pela passagem do 87.º aniversário do PCP, reafirmando a determinação do Partido de continuar a ser o garante da defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo em geral. Saudou ainda o 8 de Março - Dia Internacional da Mulher, denunciando as políticas de direita que agravam as desigualdades e as injustiças de que as mulheres são vítimas e fez um apelo à sua adesão à luta na defesa dos seus direitos e interesses específicos. A comissão concelhia valorizou o impacto das lutas em curso, particularmente dos trabalhadores da administração pública e dos professores e manifestou-lhes, uma vez mais, o apoio e solidariedade, reconhecendo o importante contributo que representam para a necessária ruptura com as políticas de direita do governo do PS de Sócrates. A comissão concelhia fez o balanço do Encontro concelhio da CDU, tendo realçado a prestação de contas do muito trabalho realizado pelos seus eleitos nos diferentes órgãos autárquicos e cuja acção se reflecte aos vários níveis e aspectos da vida do concelho, e projectou a actividade até final do mandato, de acordo com o Programa Eleitoral de 2005, numa demonstração de grande vitalidade e capacidade de gestão. Neste âmbito, mereceu particular referência o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, tendo-se a comissão concelhia congratulado pela aprovação por unanimidade na Câmara Municipal e lamentado que na Assembleia Municipal, por motivos alheios aos interesses do concelho, o PS não tivesse tido capacidade de contribuir para a discussão e optasse por abandonar a sessão e o Bloco de Esquerda recorresse a questões enganosas e já sobejamente esclarecidas, para manter quanto ao Plano a mesma posição que na acção política corrente desenvolve contra a maioria CDU na Câmara de Sesimbra. Para a comissão concelhia, o Plano da Mata é um importante instrumento na perspectiva do desenvolvimento do concelho e da região, não só por que respeita outros instrumentos de ordenamento como o Plano Regional de Ordenamento do Território e o Plano Director Municipal, ou mesmo a Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Nacional, mas também por que estabelece a utilização daquela zona exclusivamente para fins turísticos e, como tal, entre outras coisas irá permitir a criação de milhares de postos de trabalho, directos e indirectos; a reconversão da mata, actualmente em estado de degradação, de acordo com o estabelecido no Plano de Gestão Ambiental da Mata de Sesimbra; a execução, sem custos para o município, de vias principais contempladas no Plano de Acessibilidades para o concelho de Sesimbra. Para a comissão concelhia este Plano é um instrumento de grande importância para a gestão municipal e, uma vez implementado, permitirá um avanço do nosso concelho na senda do desenvolvimento harmonioso e sustentável, tal como o projecto autárquico do PCP e da CDU defendem.
A Comissão Concelhia de Sesimbra do Partido Comunista Português

terça-feira, 11 de março de 2008

Educação: Por um Ensino de Qualidade

A bancada da CDU na Assembleia Municipal de Sesimbra apresentou uma Moção intitulada "Educação: Por Um Ensino de Qualidade, na reunião deste orgão, realizada no passado dia 29 de Fevereiro.
A Moção em questão refere-se a temas actuais sobre educação, em particular às matérias referentes a: - Avaliação de Desenpenho de Pessoal Docente - Novo regime de Gestão e Autonomia das Escolas - Descentralização de Competência em matéria de Educação para as Autarquias. Dado o actual estado desta importante vertente social no nosso pais, a Assembleia Municipal, aprovou por maioria (com votos a favor da CDU, PSD/CDS-PP e BE, e abstenção do PS), a referida moção, cuja parte deliberativa refere:
- Solidarizar-se com os Professores e respectivos organismos representativos, nas tomadas de posição contra estas matérias;
- Reiterar junto do Ministério da Educação, o entendimento de que é inexequivel a aplicação do novo Modelo de Avaliação de Pessoal Docente, nos prazos, termos e procedimentos que estão actualmente a ser aplicados;
- Reiterar junto do Ministério da Educação, a posição contrária à opção tomada na gestão unipessoal das escolas por um Director, com excesso de poder executivo, em detrimento da gestão colegial, ou outras formas de organização a determinar por cada escola, primando pelo princípio da sua própria autonomia.
- Apoiar a tomada de posição dos munícipios da AML, em não aceitar a descentralização de competências em matéria de educação, enquanto não fôr efectuado um estudo exaustivo e pormenorizado sobre a situação do ensino na AML, e a assumpção, por parte do estado, dos investimentos e acções para o bom funcionamento das escolas e do ensino, para que esta descentralização possa efectivamente ser efectuada.
Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal

Encontro CDU Sesimbra

RESOLUÇÃO do ENCONTRO

O Encontro Concelhio da CDU, realizado no passado dia 23 de Fevereiro no Espaço Zambujal, efectuou uma análise e reflexão sobre o desenvolvimento do trabalho autárquico, fazendo, à luz dos condicionalismos impostos pela situação política e social, o balanço dos 2 anos de mandato e avançou com as principais linhas de trabalho até ao seu final, visando concretizar os objectivos políticos autárquicos inscritos no Programa Eleitoral de 2005 e respeitadores do projecto autárquico da CDU. Em síntese, o empenho, a capacidade e a dinâmica da CDU, traduzida no trabalho realizado nos diferentes órgãos autárquicos, serve para estimular cada vez mais o nosso trabalho, no cumprimento do programa com o qual nos comprometemos com a população.

Neste encontro, para além do balanço do trabalho realizado nos ultimos dois anos, traçaram-se objectivos até ao final do mandato 2005/2009:

Objectivos Políticos Autárquicos

- Prosseguir o cumprimento do Programa Eleitoral da CDU, com empenho e competência, contando com os trabalhadores das autarquias, elevando a sua qualificação e motivação.

- Reassumir as propostas eleitorais como guião do trabalho quotidiano e, com os recursos disponíveis - internos e externos - exerceremos o poder com rigor, eficácia e transparência .

- Reiterar a estratégia de desenvolvimento que temos defendido, não abdicando do papel que nos cabe na gestão dos recursos - humanos, técnicos e financeiros - de modo a proporcionar ao concelho uma qualidade que o coloque entre os primeiros da Área Metropolitana de Lisboa, apesar das politicas de direita criarem grandes dificuldades ao desenvolvimento do trabalho autárquico.

- Aprofundar os processos de participação entre os eleitos e a população.

- Continuar a pugnar, com as populações, pela concretização de projectos e obras da responsabilidade do Governo, ao nível da construção de equipamentos de saúde, ensino, acção social, segurança e protecção civil, requalificação ambiental, ordenamento do território e acessibilidades.

- Apoiar os trabalhadores das autarquias nas suas justas reivindicações em torno da valorização social e profissional, realçando o papel indispensável que desenvolvem na concretização do projecto autárquico da CDU e na defesa do Poder Local Democrático.

- Combater as políticas de direita que pretendem diminuir e limitar a capacidade de realização das autarquias locais, através de acções concretas e da discussão aprofundada do novo quadro de competências que o Governo pretende que as autarquias venham a assumir.

- Contribuir para a ruptura com as actuais políticas, na defesa do estado democrático, do serviço público e da justiça social.

- Divulgar a actividade realizada pela CDU, através de um documento de prestação de contas à população.

O Encontro Concelhio de Sesimbra da CDU Espaço Zambujal/Sesimbra

23.02.2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra: Intervenção de Francisco Jesus

Francisco Jesus, do Grupo Municipal da CDU, e presidente da Junta de Freguesia do Castelo, interviu na Assembleia Municipal, acerca da discussão do PPZSMS: "...Desta forma, e partindo do entendimento que temos, sério, consciente e responsável, que é no desenvolvimento turístico desta região, e desta freguesia, que reside o seu pontencial de desenvolvimento, consideramos que, através deste processo, e da aprovação do PP em questão, a Freguesia do Castelo, o Concelho de Sesimbra e a região poderão e deverão se afirmar definitivamente em termos económicos e sociais. De facto, com a realização dos investimentos previstos para este local, Sesimbra e a freguesia darão um passo significativo para o aumento da sua riqueza. Darão um passo siginificativo em termos daquilo que poderá ser, em matéria de emprego, uma das soluções e perspectivas para a população , em particularmente para os jovens, quer directa, quer indirectamente, uma vez que, em termos de comércio e de serviços, de restauração e inclusivé da promoção de produtos regionais teremos certamente mercado suficiente para o desenvolvimento destas actividades, que hoje são sem dúvida as principais da freguesia. ... Não poderemos ficar, na nossa óptica, presos à visão simplista da fatalidade, de estarmos aqui neste canto da Península de Setúbal, á espera que surjam oportunidades de emprego, da melhoria da economia global, e do desenvolvimento. Temos de trabalhar de forma séria e responsável para que isso aconteça. Temos que assumir definitivamente o que queremos e para onde vamos. Temos de zelar e contribuir para que a nossa população não fique resignada, mas sim que possamos estratégicamente, e numa visão alargada, dotar este concelho e a freguesia, de mais e melhor desenvolvimento sócio-económico e, consequentemente de qualidade de vida para os seus habitantes. ... É nesta perspectiva que não nos opomos, e obviamente defendemos, este plano e a este processo, respeitando opiniões contrárias, mas mantendo a firmeza que é nesta perspectiva e com esta decisão, que estamos também a proporcionar um passo para o futuro da freguesia, do concelho, e para a nossa população." ««VER INTERVENÇÃO COMPLETA»»

domingo, 9 de março de 2008

Orçamento de Estado para 2008: Mais injustiça. Mais desigualdades

"O Governo PS/Sócrates prossegue o agravamento das desigualdades e injustiças sociais. Gaba-se de pretender reduzir o défice, esquecendo do mal que isso está a provocar à economia do país e aos portugueses. Só a mais descarada falta de vergonha pode levar o executivo a vangloriar-se dos resultados do défice, escamoteando que os mesmos foram obtidos à custa do empobrecimento, do desemprego e da degradação da vida da maioria dos portugueses. Aumenta a tributação de IRS em 5%, enquanto que aos lucros das empresas aumenta apenas 1,5% de IRC. Mantém os privilégios à banca que paga apenas 13,5 de IRC contra os mais de 20% cobrados aos restantes. Os cinco principais bancos portugueses somaram nos primeiros nove meses de 2007 lucros de 2,2 mil milhões de euros. Mais 21,8% que no ano passado. Dava para pagar 20 mil salários mínimos por dia. Apesar disso, com o apoio do Governo, não param de aumentar o crédito à habitação desgraçando a vida a milhares de jovens casais. Este Governo, que tanto penaliza os portugueses, aumenta a tributação das pensões de reforma e vai conceder benefícios fiscais aos offshore da ma­deira no valor de 1780 milhões de euros. A despesa social diminui pelo segundo ano consecutivo. Fecham-se serviços de saúde e escolas (2507 encerraram durante este Governo) para se dar milhões de euros a faculdades privadas e permitir o aparecimento de clínicas privadas onde se encerram SAP’s. Reduz-se o investimento público (19% nos dois últimos anos) deixando por realizar muitas obras necessárias à melhoria das condições de vida das populações. É tempo de dizer, basta de injustiças. Queremos uma nova política que sirva o povo e o país. Que aos bancos seja cobrado 20% de IRC. Que os lucros da bolsa sejam tributados com uma taxa de 10%. Que o IVA baixe de 21% para 20% em 2008 e 19% em 2009. Que o salário mínimo aumente para um valor nunca inferior a 426,5 euros. Que o Estado intervenha junto da banca, impondo regras no crédito à habitação. Que não sejam sempre os mesmos a pagar a crise. Na Assembleia da República, o PCP apresenta propostas e soluções para um Portugal com futuro. Com o PCP mais forte, com a força e a luta dos trabalhadores e das populações é possível pôr fim à política de direita."
Artigo de Opinião de Fernando Patrício Líder da Bancada da CDU - Assembleia Municipal
in Jornal Noticias da Zona